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quinta-feira, 5 de abril de 2012


Existe uma coisa que não devemos esquecer quando falamos de despertamento: a oração. Temos de orar por um despertamento! A bíblia nos trás alguns exemplos de oração por avivamento. Pensemos em Asafe, que no Salmo 80 orou três vezes:"Restaura-nos, ó Senhor Deus dos Exércitos, faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos" (v. 3, 7 e 19). Naturalmente aqui, dentro do contexto, trata-se de uma vivificação exterior. Mas quando se conhece a história bíblica de Israel mais ou menos profundamente, então se sabe que uma vivificação, uma restauração exterior sempre antecedia um avivamento interior. Por isso, quando Israel orava por nova vida, isso era também um clamor por nova vida espiritual, por renovação interior. 
Outro exemplo de oração por avivamento é encontrado em Habacuque "Vede entre os gentios e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizarei em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando for contada." Habacuque 1:5 E o terceiro capítulo  que também é chamado de salmo de Habacuque. Ouça o que ele nos ensina ao orar:" Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida;" Habacuque 3:2 "Tenho ouvido, ó Senhor..." Ele tinha ouvido, ele estava consciente do que Deus pensava da situação em que se encontrava a obra do Senhor, e ficou alarmado. Mas ele não ficou nisso. Observe que Habacuque tomou as providências corretas, pois ele pediu: "...aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e no decurso dos anos faze-a conhecida."
Elias experimentou um período de profundo desânimo espiritual, precisava ser tocado pelo Senhor, necessitava outra vez de "rios de água viva" em sua vida! Deus proporcionou a Elias um novo encontro com o Senhor. Em 1 Reis 19.11a lemos sobre a maneira maravilhosa como o Senhor fez isso: "Disse-lhe Deus: Sai, e põe-te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor... e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante dele, porém o Senhor não estava no vento; depois do vento um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo um cicio tranqüilo e suave. Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?" (1 Rs 19.11b-13). Elias teve de ser confrontado outra vez com "rios de água viva".
Quando falamos de avivamento ou despertamento, sempre vem à nossa mente manifestações poderosas e visíveis do Senhor, pensamos em Deus agindo de maneira grandiosa através do Seu Espírito Santo. “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias." Joel 2:28 e 29
Palavras de Isaías 44.3: "Porque derramarei água sobre o sedento, e torrentes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes." Por isso oremos também: "...aviva a tua obra, ó Senhor... faze-a conhecida."
Todo e qualquer avivamento verdadeiro e real tem seu início, isto é, ele começa bem no fundo do coração de cada pessoa, de uma maneira bem suave e bem individual. Talvez fosse isso o que o Senhor queria dizer aos fariseus quando Lhe perguntaram quando viria o reino de Deus, e Ele respondeu: "Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós" (Lc 17.20b-21). É bíblico orar por avivamento, pois por qual outra razão o Senhor teria exclamado em Lucas 10.2: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara"? De certa forma, essa é outra oração por despertamento. Por isso vamos orar, não esquecendo que o Senhor poderia mandar obreiros para Sua seara sem a nossa intercessão, mas não o faz! Ele quer que oremos; Ele até, de certa forma, espera por nossas orações!
Texto adaptado da Palavra de Marcel Malgo