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domingo, 27 de maio de 2012

Tempero para a vida 
Morando em Curitiba entre os anos de 2000 e 2008, trabalhando em um grupo de três emissoras de rádio e duas produtoras de comerciais para rádio e TV, minha vida foi se tornando uma verdadeira batalha contra o relógio. Eu tinha que dar conta da produção de um jornal pra uma rádio, apresentar um programa ao vivo em outra, gravar comerciais diários numa produtora e locuções institucionais em outra. E essa correria começava as 07h30 da manhã, deixando o Bruno na escola, que era caminho do trabalho e terminava ás 19h30, quando eu voltava para casa. Foi nessa época que eu e minha família começamos a procurar alternativas para compensar essa falta de tempo para estarmos juntos. Meus filhos, André e Bruno ( a Érika ainda não havia nascido), eu e a Maria Helena éramos muito unidos, saíamos muito, viajávamos muito, mas, meu ritmo e o ritmo da minha esposa estavam acelerados e alguma atitude teria que ser tomada para mantermos a essência da família. Começamos a ter momentos agradáveis na cozinha. Sempre inventando um prato, compartilhávamos ótimos momentos juntos. No momento em que eu estava no carro, em meio ao caos do trânsito Curitibano, ligava para minha esposa e perguntava: O que vamos inventar hoje? 
Minha esposa, sempre companheira para tudo, sempre tinha uma ideia, ás vezes, os meninos sugeriam um passeio no Shopping, um lanche ou jantar fora, mas, geralmente, nós púnhamos a mão na massa. E era nesses momentos em que estávamos reunidos na cozinha que a conversa fluía. Os meninos compartilhavam as atividades da escola, a Maria Helena falava do seu trabalho e eu contava do meu também. 
Amados, o que eu quero dizer com esse pequeno resumo de nossa vida em Curitiba é que: 
Não importa se o seu dia teve tribulações; se a cidade que você mora é muito agitada ou pacata demais; se seu chefe te humilhou; se o trabalho não rendeu... 
A família é e sempre será a Válvula de escape para você. Usufrua deste presente de Deus para sua vida. Chegue em casa e diga: Hoje, vamos inventar um prato especial. Reúna os filhos e a esposa e mãos á obra. E enquanto um corta a cenoura, outro descasca a cebola, outro prepara a salada e isso regado a muita conversa boa. Eu disse “conversa”, não “ discussão”. Cada um fala do seu dia e ninguém critica ou dá opinião, só ouve! 
Hoje, meu filho mais velho está casado, mas, continuamos a nos reunir de vez em quando para uma boa conversa. E agora, a mais nova, Érika, com sete anos já é uma companheirinha de conversa. Ela compartilha seu dia conosco na hora em que nos reunimos. 
Experimente essa receita aí na sua casa, com sua família. Quem sabe não é isso que está faltando para seu filho liberar aquele abraço que tanto você espera e parece que nunca vai chegar... 
Experimente... 
Estar junto da família é exercer o sacerdócio ao qual você foi chamado. 
Experimente. Você vai gostar. E creio que uma pessoa vai ficar muito feliz além de todos de sua casa: Jesus Cristo... Ele ama os filhos que seguem seus ensinamentos... Ele ama! 
Fiquem em paz; 
Eros Ribeiro