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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Podemos observar as diversas formas que Jesus usou para chamar aqueles homens para segui-lo. Vejamos como o chamado é diferente para cada pessoa:
– João Batista recebe uma revelação vinda diretamente de Deus. João 1:29-34
– André e o outro discípulo passaram o dia com Jesus. João 1:39
– Simão Pedro, levado pelo irmão, encontra-se com Jesus e este muda-lhe o nome. João 1: 40-42
– Jesus encontra Filipe e lhe dá uma ordem: “Segue-me”. João 1:43
– Natanael, depois de ouvir Filipe, aproxima-se de Jesus cheio de dúvidas e se rende diante do conhecimento sobrenatural dele. João 1:45-51
Precisamos deixar Jesus trabalhar de forma singular nas nossas vidas. Às vezes tentamos ser mais organizados do que Deus! Levanta-se a “síndrome da metodologia”. Somos fascinados por categorias, métodos e fórmulas. Mas o fascínio de Deus é para cada pessoa, individualmente. O importante não é onde elas fizeram o compromisso ou o que elas disseram, mas o resultado final, se o indivíduo se arrependeu dos pecados, exerceu fé em Jesus e se relaciona com ele.
É como nas histórias de amor e casamento. Cada uma é diferente. Uns cresceram juntos na mesma rua, e a amizade tomou um rumo diferente. Alguns fizeram da cerimônia um espetáculo suntuoso. Já outros se casaram na sala da sua humilde casa. Mas o importante é que todos vivam um relacionamento de amor.
No reino de Deus é assim também. Alguns não sabem a hora em que fizeram a decisão, foram batizados da forma “errada”, não tiveram um discipulado formal, e são discípulos de Cristo. Por outro lado, há pessoas que sabem o dia da conversão, dominam o vocabulário evangélico, foram batizados por imersão e falam em línguas estranhas, mas não demonstram as marcas de um discípulo de Jesus.
As pessoas não entrarão no Reino de maneira idêntica. Daqueles que já se decidiram, cada um vem por um meio próprio, mas todos andam no mesmo caminho. Cada um foi a Jesus de forma diferente, mas vivem hoje um relacionamento com ele.
Em João podemos notar o papel dos relacionamentos nas primeiras conversões a Jesus.
Parece que complicamos muito a forma simples de Jesus que aproveitava os encontros naturais. Esquecemo-nos de que até hoje a maioria das pessoas vem para Jesus por meio de relacionamentos, talvez até em 80% dos casos, segundo alguns pesquisadores. 
Com certeza Jesus ganhou pessoas nos encontros casuais que teve, através das pregações que fez às multidões, e não duvido de que aproveitaria a mídia atualmente. Porém, nesse primeiro episódio missionário dele, como na maioria dos casos hoje, o evangelho se alastra por meio de relacionamentos. As pessoas olham para nossa experiência! Qual foi a influência principal no processo de aceitarmos a Cristo? Oque mudou no seu comportamento? 
Isso quer dizer o quê? Que preciso aprender a me relacionar melhor com os não-cristãos da minha rua, da minha cidade, do meu trabalho, da minha família. Meu maior desafio não é aperfeiçoar minha técnica evangelística, mas me relacionar com naturalidade e amor. Meus vizinhos não são “escalpos” ou troféus para provar minha espiritualidade. São pessoas de inestimável valor, portadoras da imagem de Deus. Eu também sou humano. Preciso me relacionar com eles não como pastor, mas como um homem (uma mulher), frágil que foi transformado por Jesus. Requer tempo para conversas na frente de casa sobre serviço, política e cortadores de grama, uma xícara de açúcar emprestada e o chá para curar uma gripe é o caminho. É mostrar interesse pela pessoa como pessoa, não como “alma”. Usando a ponte de relacionamento, mais pessoas virão a Jesus!
O evangelismo simples de Jesus nos ajuda a ver com mais clareza o que Deus quer de nós!
Por envolver diálogo, preciso me preocupar em fazer perguntas e esperar as respostas;
Por ser um processo, não preciso me apavorar em chegar ao alvo imediatamente;
Por ser individual, minha preocupação não deve ser com os detalhes de um método perfeito, mas deve ser levar as pessoas a um relacionamento com Deus;
Por ser relacional, minha tarefa é construir pontes de amizade.
Deus quer de nós um evangelismo simples... como o de Jesus. Quer somente que deixemos as pessoas notarem nossa transformação, este e seu melhor método de Evangelismo, a sua transformação!
Revista Mensagem da Cruz - Patrick Dugan